domingo, 11 de novembro de 2012

Céu estrelado.


        Olhando para o céu, contemplando as estrelas percebi que cada uma existe uma especialidade na vida; o brilho no olhar e o amor ao próximo.

                                                                            [Claymilen Salustiano]

domingo, 21 de outubro de 2012

Mudar sempre é bom.


         Há mudanças naturais ou bruscas na vida, aquelas que o ser humano procura o melhor de si. Aquelas que saibamos perder para ganhar e conseguir enxergar o mundo de uma forma mais concreta. Vencer os obstáculos, os desafios enfrentados no nosso dia a dia. Mudanças essas que se fazem presente, precisas tornando-nos um ser maravilhado com sede de crescer, de vencer. Alguns mudam precocemente e outros ao tardar de algum longo período na vida. Mas nunca é tarde. Mudar e recomeçar sempre é bom, desde que seja por baixo. 


                                                             [Claymilen Salustiano]

terça-feira, 18 de setembro de 2012

(M)Seu Silêncio.


       Queria entender o que me faz silenciar no meio do tempo a todo momento. O meu eu não se manifesta e se sente bem; é algo que não é muito meu ou meu, mas torna estranho por sentir assim.
       O silenciar por si só se torna completo, talvez um aprendizado ou talvez Deus queira falar algo para o meu coração. Não há inquietude, há paz interior com os pés firme no chão e cabeça erguida. Talvez seja um momento de estar íntimo com ele.
       Eu não sei, mas ele entende perfeitamente o que estou tentando dizer. Porque ele é quem faz brotar dentro de cada um de nós a alegria, o carisma, o amor e a vida. Foi isso que ele tem trabalhado durante toda a minha vida, soube me amar com o seu silêncio fazendo tocar no meu peito o que faz florescer na alma, o amor.

                                                                           [Claymilen Salustiano]


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Vivência amigável.


        Nunca imaginei sentir que durante tanto tempo alguém com uma vivência amigável, me ensinaria a perceber quer só me queria o bem.

                                                                                              [Claymilen Salustiano]

terça-feira, 24 de julho de 2012

24 de Julho.



        Era madrugada de 24 de Julho do ano anterior, onde se encontravam no meio de uma praça com algumas pessoas. Não era festa, eram encontros do cotidiano onde costumavam jogar conversa fora e espairecer um pouco.
        Conversas essas que se prolongavam no decorrer dos assuntos entre eles, houve um momento que trocaram olhares, sorrisos e alguns suspiros, mas de certo não sabiam o que fazer com a ânsia e nervosismos de estarem próximo por uma vez nunca vista. Embora, tenham visto uma vez e sentiram algo parecido que tem mexido bastante dentro do peito. Era algo bom, mas sem significado certo para tal explicação que deixava confuso dentro de si.
         Tempos depois, partes dos que estavam presente foram embora e ficaram os dois. Sem assunto, o silêncio tomava conta e o frio a quebrar o clima que temia aquecer. Sem resultado recolheram-se para suas casas, mas não separados, caminharam juntos tentando se aquecer e mesmo em silêncio. Num dado instante param numa rua meio esquisita quase sem iluminação, e se olham, parecia sentir o nervosismo, a ânsia do que poderiam acontecer. Os corações dessa vez batiam mais forte. E um deles interveio tentando expressar aquilo que estava acontecendo e foram com palavras meio enroladas e soltas que podiam ouvir partes de cada palavra fortes, mas ele sabia exatamente o que ouvia; se aproximou mas perto e silenciou com um bejio, um beijo firme e demorado.
       Ainda naquela rua esquisita e mal iluminada, abraçados se aqueciam pela natureza do calor do corpo num laço firme seguido de um beijo prolongado.
        Foi aquele momento que ninguém queria mais largar, tudo se encaixava, tornava perfeito e era bom. O Sol estava para nascer, mesmo sabendo que teriam de seguir caminhos. E foi, seguiram para suas casas e decidiram se encontrar mais vezes.
        E hoje, 24 de julho nesta madrugada sem noite, sem praça, sem assunto, sem frio, sem palavras, sem beijos, sem abraço, sem você.

                                                                [Claymilen Salustiano]

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Nada mudar, só amadurecer

  

        Meus sentimentos não mudam nada, minha tristeza não traz quem eu desejo de volta. O meu amor não obriga a outra parte me amar, a minha amizade não faz com que eu a outra parte seja amigo como eu sou. Meu saudosismo não me traz amigos, momentos, nem lugares de volta. É tudo meu, minhas experiências, meus conflitos, meus surtos... E só no meu tempo vou aprender a lidar com situações e pessoas da minha maneira, espero que amadurecido e melhor.

                                                           [Meire Alonso]

terça-feira, 5 de junho de 2012

Nova estação.


       Assopra pra esparramar no azul tua vontade de céu, que depois tudo se aquieta por dentro. E nesse vício de sorrisos, a lua inteira entra dentro de casa e sorri bendizendo a chegada de uma nova estação.
       No peito uma batucada de gestos delicados e a delicia de descobrir nos olhos, uma crença rendada de jasmim. Uma religião de afeto, um encontro com a vontade de ser. Uma mão estendida no meio da tempestade.
       A paz é escolha de quem se recolhe pra acolher em passos leves. Finge ser criança no meio da guerra e aprende que quem tem a alma nos olhos e o coração na mão, sempre encontra uma saída.

                                                          [Vanessa Leonardi]

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Simplicidade acima de tudo.


       (...) Gosto de gente que ri, chora, se emociona com uma simples carta, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago. Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais. Admira paisagens, poeira; e escuta. Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser! Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam.Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto. Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. Com muito Amor dentro de si. Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentora suas lágrimas e sofrimentos.

                                                                         [Arthur da Távola]

domingo, 13 de maio de 2012

Mãe tu és consagrada.


Às mães de todo planeta
Ofereço o brilho de um cometa
Para tal beleza comparar
Sem jamais pestanejar
Por Deus abençoada
Por Maria imaculada
 
De seu ventre surge a vida
Mãe tu és consagrada.

 
[Marcos G. Aguiar]

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Amor metralhado.



Felicidade passou por mim, ficou marcada ontem, e hoje não a vi por aqui.
Era o amor, aquele sentimento vivo aqui dentro que crescia a cada batida do meu coração, a cada pulsar do meu pensamento sobre você.
Sucedia todos os dia.
Naquela manhã, seguia o ritmo foi-se o tempo que o amor despencou com as palavras metralhadas, soltas pelo ar, deixando confuso e incerto.
Eram os sonhos, a felicidade, o carinho, o amor dissipando pelo ar como se fosse um sonho, aquele quando acordamos vimos evaporar.
Vinha àquela lembrança na cabeça, confusa, com pensamentos embaralhados.  Um turbilhão de coisas que ainda rondava na minha cabeça.
Ficava sem chão, desnorteado, perdido com a situação que me causará.
Jogará tudo para o ar, todo aquele amor que eu sentia por você, me desestruturou, deixando ruínas, dores, transformando todos os momentos vivos num lixo.
E hoje nem nos falamos mais.

                                                                   [Claymilen Salustiano]

domingo, 25 de março de 2012

Passatempo.


     Arrumando minhas coisas encontro na caixa os pertences que ainda guardo, as cartas escritas tradicionalmente que dispõe para a troca de mensagens escritas. E assim tenho guardadas com carinho, correspondências dos amores, paixões e amizades que se encontram longe.
    Hoje, o contato se torna contínuo através de e-mails, bate papo; esse mundo virtual tornando mais perto a vivência. Não tem coisa melhor que receber uma carta, que antes fosse a maior alegria de ver o carteiro chegar com alguma correspondência, embora fosse um ou duas.. e agora, não ser ver algo com prodígios onde encontramos na caixa de entrada do nosso e-mail super lotada, as vezes não chegamos responder algumas. Existe outros meios que podemos corresponder com uma mensagem curta, um meio fácil e ágil o celular por exemplo.
     Mas cartas, essas são de forma concreta que na seriedade das palavras, escrita de forma legível, se torna verdadeira para os que guardam na memória as lembranças da vida.

                                               [Claymilen Salustiano]

sábado, 17 de março de 2012

Ter ou não ter namorado.


     Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. 
     Namorado é a mais difícil das conquistas. 
     Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. 
     Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. 
     Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. 
     Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. 
     Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. 
     Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar. 
     Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário. 
Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto. 
    Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. 
    Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro. 
    Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. 
    Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. 
     Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. 
     Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. 
     Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. 
     Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. 
     Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria. 
     Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA. 



                                                  [Carlos Drummond de Andrade]

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Na noite passada.



       Na memória as imagens estáticas
       Crescem com o orgulho que molda as mascaras
       Que quando caem fazem olhos relembrar
       Nas noites, lapsos seu sono espantar
       Mas, permitem ar puro respirar
       Sem sufocar...
       Pude ver a vida como um livro aberto
       Tentei ler algumas páginas
       Quando a maioria estava manchada por lagrimas.
       Na memória as imagens estáticas
       Criaram asas
       Nunca pretendendo voar.



                                                       [Rafael Alves - http://rafaelalvescardoso.blogspot.com/2011/10/na-noite-passada.htm]

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O sonho real.


       Acordei com aquela sensação será-que-foi-sonho-ou-realidade? Então, percebi que foi só um sonho. Nele, estávamos próximos. Perto como nunca estivemos. É engraçado o que o tempo faz. Uma pessoa em um dia é muito importante para você. Alguns meses depois ela se torna praticamente uma desconhecida. Alguém que você encontra e busca formalidades no fundo do baú, pois não consegue ser simples, natural, autêntica.
       Acho injusta essa parte da vida. Alguém que invadiu seus sentimentos, seus desejos e sua vida não pode se transformar em uma pessoa que você não tem a menor intimidade. Hoje, analisando, percebo que sou muito mais natural com a mocinha loira e querida da padaria que freqüento em média duas vezes por semana do que com você. Isso deve significar alguma coisa.
       No sonho, você estava bem, apesar do olhar taciturno. Acho que no fundo você sempre foi triste. Eu percebia uma solidão no canto do seu olhar. Na verdade, seu olhar pedia por socorro. Acho que algumas pessoas são assim. E também acho que ninguém cruza nosso caminho por acaso.
       As pessoas certas aparecem em nossas vidas. Para que a gente aprenda, para que a gente cresça, para que a gente ensine. É uma troca bonita e enriquecedora. Preciso confessar a quantidade de coisas que aprendi com você. Sem falar na quantidade de coisas que aprendi sobre mim.
       Eu tinha um amor grande para dar para você. Um amor que você recusou. Um amor que você não quis segurar ou sentir. Você cruzou os braços para o meu sentimento, deu de ombros, não aceitou o que eu quis te oferecer. Fiquei perdida no meio de tantas emoções.
       Por que uma pessoa entra na nossa vida, causa tamanha bagunça e vai embora? Você chegou de mansinho, me desestruturou, balançou tudo dentro de mim e partiu. Antes, fez algumas juras de amor. Eu, boba, acreditei. Acho que em matéria de sentimento a gente nunca aprende. E repete de ano sempre. Já tive aula particular, estudei noites e noites e nada adiantou. Não consigo aprender.
       Já levei muito na cabeça. E já feriram muito meu coração. Apesar disso, não me fecho, não me oponho, não deixo de me entregar. Acho que a gente deve ir, não ficar. Quem não vai não sente. Quem não vai não vive. É por isso que, retalhada, remendada e costurada, sigo. Mesmo que doa.

                                                            [Clarissa Corrêa]
                 http://clarissacorrea.blogspot.com/2012/01/o-sonho-real.html