terça-feira, 24 de julho de 2012

24 de Julho.



        Era madrugada de 24 de Julho do ano anterior, onde se encontravam no meio de uma praça com algumas pessoas. Não era festa, eram encontros do cotidiano onde costumavam jogar conversa fora e espairecer um pouco.
        Conversas essas que se prolongavam no decorrer dos assuntos entre eles, houve um momento que trocaram olhares, sorrisos e alguns suspiros, mas de certo não sabiam o que fazer com a ânsia e nervosismos de estarem próximo por uma vez nunca vista. Embora, tenham visto uma vez e sentiram algo parecido que tem mexido bastante dentro do peito. Era algo bom, mas sem significado certo para tal explicação que deixava confuso dentro de si.
         Tempos depois, partes dos que estavam presente foram embora e ficaram os dois. Sem assunto, o silêncio tomava conta e o frio a quebrar o clima que temia aquecer. Sem resultado recolheram-se para suas casas, mas não separados, caminharam juntos tentando se aquecer e mesmo em silêncio. Num dado instante param numa rua meio esquisita quase sem iluminação, e se olham, parecia sentir o nervosismo, a ânsia do que poderiam acontecer. Os corações dessa vez batiam mais forte. E um deles interveio tentando expressar aquilo que estava acontecendo e foram com palavras meio enroladas e soltas que podiam ouvir partes de cada palavra fortes, mas ele sabia exatamente o que ouvia; se aproximou mas perto e silenciou com um bejio, um beijo firme e demorado.
       Ainda naquela rua esquisita e mal iluminada, abraçados se aqueciam pela natureza do calor do corpo num laço firme seguido de um beijo prolongado.
        Foi aquele momento que ninguém queria mais largar, tudo se encaixava, tornava perfeito e era bom. O Sol estava para nascer, mesmo sabendo que teriam de seguir caminhos. E foi, seguiram para suas casas e decidiram se encontrar mais vezes.
        E hoje, 24 de julho nesta madrugada sem noite, sem praça, sem assunto, sem frio, sem palavras, sem beijos, sem abraço, sem você.

                                                                [Claymilen Salustiano]

2 comentários:

Diego Anderson disse...

Fazia tempo que não lia um conto tão sincero assim, simples, porém tão completamente encaixado, continuo, enfim. Parabéns, esse toca a alma de qualquer um que entenda o valor de possuí-la.

Graça Pereira disse...

Ainda não foi amor...foi um fósforo que iluminou a escuridão da noite e o vosso desejo: foi paixão!
Mas foi bonito!
Beijo
Graça