Estava chegando em casa era umas dez da noite, vinha do centro após encontrar com os meus amigos. Deparei-me com uma criatura em frente a minha casa, mal sabia quem seria. Fui aproximando, e me agachei levantando seu rosto e vi. Ela me abraçou, com soluços começou a chorar, mas nada temia sair o tom da sua voz. Dava-me pena. Convidei para entrar em minha casa e tentar acalmar.
Embora estivesse nervosa, dei um copo com água e ela foi se acalmando tentando não chorar. Sentia protegida, segura, olhava para o chão. Sentei e esperei-a alguma resposta; queria ajudar, se era o que realmente ela estava procurando. Minhas mãos suavam frias, fiquei preocupado no que poderia ter acontecido.
Aos pouco foi erguendo a cabeça, minhas mãos continuavam a suar, fui prestando atenção e olhando firmemente em seus olhos e pude ver o sofrimento na qual pudesse esta passando. Ela, me olhou sem saber como explicar e me abraçou, caindo no choro.
Minutos depois, com soluços, algumas palavras expressas têm me questionado o porquê amar uma pessoa e mesmo sendo correspondido não respeitam os limites sobre ela.
Falava que amava, lembrava de todas as travessuras e rindo feito uma menina boba. Imagino que tem sido bons momentos em sua vida, porque ela era feliz. Gostava de esta ao lado das pessoas que ela sempre teve admiração, apreço. Mas, tratando do que ela esta vivendo, não conseguia falar a respeito e desatava a chorar.
Certo momento ela pegou minha mão e olhou nos meus olhos e disse:
- Eu não quero mais viver com ele, cansei de ser limitada ao seu eu. Arregalei os olhos sem entende, sua voz mudará tornando firme.
Disse que nessa vida existia alguém que lhe entendia, se preocupava, fazia sorrir se divertir o bastante. Admitia que não quisesse enxergar porque já amava alguém. Após o desabafo; tão pouco tem se jogado em meus braços e disse:
- Quero ficar com você.
[Claymilen Salustiano]
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