quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Por tudo nessa vida eu amei alguém.


      Estava aqui lembrando como eu era feliz só em ter você por perto, tornando-me cúmplice dos atos amorosos. Apaixonado talvez. 
      Como gostava das aventuras e de estar ao seu lado, deixando a natureza me levar a algo tão prodigioso que pudesse tornar mais feliz. Era algo muito bom. Nem eu saberia explicar o que estava acontecendo, só que um sentimento estava surgindo. Algo novo que há muito tempo não sentia.
       Era aquela vontade de querer mais, de estar perto, um pouco adentro do peito, dentro do coração.
       Aqueles encontros nos finais de semanas, onde virávamos o dia juntos, ouvindo música, saindo para jantar, passeando pela praça. Rotina de todo casal.
       Os seus lábios carnudos e salientes despertavam vontade de querer beijar mais. O meu corpo junto ao seu, formando um quebra-cabeça que se encaixava perfeitamente bem. Ficávamos pendurados horas e horas conversando ao celular. As mensagens noturnas de sonhar e acordar comigo, o beijo de bom dia no despertar de uma ligação. Os finais de semana juntos, viajando para capital e saboreando as belezas naturais da terra, o por do sol, o mar, a cultura do povo que vivia ali. Os chopps que tomávamos no barzinho em frente ao hotel onde estávamos.
       Era lindo aquele encontro. Parecia coisas de recém-casados em plena lua de mel.
       Acredito que o que sentia era algo forte. Quando estava triste no meio de tantas aflições, não demonstrava meus sentimentos num simples gesto, um olhar ou até mesmo no sorriso jubiloso, mesmo sabendo que tudo isso falava mais que qualquer palavra.
       Lembro também de não me importar ao que acontecia em volta. Deixava oculto. Era como se entrasse por um ouvido e saísse pelo outro. Não me importava com seus erros e fatos cometidos, pois só queria estar com você e não me queixava das maluquices. Te queria apenas para mim. E como queria!
       Quando te via, sentia uma dor profunda, insuportável, vindo à tona todas as lembranças vividas e marcadas em minha vida. O mal que causava era tão grande que perdia a cabeça, criava um sentimento ruim, talvez vingança. Era apenas um sentimento e nada faria mudar aquilo. Não era capaz de tramar coisa alguma, mesmo porque as coisas, quando são feitas, são pagas com a mesma moeda. 

      Nos lugares onde me sentia bem e feliz você aparecia do nada e fazia questão de falar, mesmo sabendo que eu não estava nada bem a seu respeito. Como se tudo fosse tão fácil de esquecer.
       A vida é tão justa que aprendemos a lidar com ela e com nós mesmos. Caímos e levantamos enquanto alguém nos olha sem sequer estender a mão para ajudar; erguemos firmemente a cabeça para poder seguir a vida. Então aprendemos e nunca mais erramos.
      O meu erro não foi ter conhecido você. Foi ter amado alguém que não soube valorizar.
      Para mim pouco importa, porque hoje me sinto forte diante dos fatos. Talvez por ter superado todos os momentos, as mágoas que tem me causado e pela vivencia que deixei levar. Foram momentos maravilhosos. Momentos que vivi com experiência de um casal apaixonado, que queria ter a felicidade ali ao seu lado, o seu amor.
     Posso dizer que valeu a pena viver todos os momentos e ter a certeza de que nesta vida eu amei alguém.
 

                                                                                             [Claymilen Salustiano]

4 comentários:

Maria Maria disse...

Romântico e apaixonado!!!!
Parabéns!!!!

Beijos,

Maria

Unknown disse...

Texto bacana Clay, a parte final fiquei triste, dói mesmo....
Abração fera!

Giovana disse...

Muito LINDO seu texto meniino ! *-*
Bem emocionante.
Parabéns ;D

Unknown disse...

Estou impressionado com o dom que você tem. Escrever não é facil, que dirá, falar de sentimentos, fatos. Quando fui teu professor de cálculo, nunca passou pela minha cabeça ter um aluno com esse brilho. Mas, infelizmente, é assim mesmo, muitos passam e a gente não tem tempo nem de conhece-los melhor. Espero conseguir fazer diferente. Grande abraço.