sexta-feira, 29 de abril de 2011

Cartas sem endereços.



       Nunca mais escrevi aquelas cartas, aquelas que costumava falar do meu amor por você. Mas o que escrever se você se foi, nem se quer deixou pistas onde eu pudesse descobrir o seu paradeiro.
       Saudade faz bater aqui dentro do peito; e ouvindo neste instante uma música que só da melodia faz lembrar nós dois naquele montinho em baixo daquela enorme árvore de ipê florida na primavera.
       Seus beijos molhados aumentava a sede em querer mais, apreciando de tal forma que pudesse me perder nos momentos de prazer e deixa-me mais apaixonado.
       Embora outra música rodavam pelo ar batendo contra parede vinda em direção aos meus ouvidos, e fez lembrar nós dois em uma das viagens que fizemos ao litoral do estado, desfrutando a belíssima natureza em si. E algumas noites acordando com o despertar do seu sorriso e ouvindo a sua voz suave dizendo-me bom dia.
       As caminhadas longas na praia despertavam-me o encantado do ser perfeito em estado físico e espírito, vivo como uma águia, a musa, a mulher da minha vida.
       É nessas lembranças que me pego em meus pensamentos, de forma viva.
       Queria poder voltar a escrever como de costumeira se ao menos tivesse um endereço na qual pudesse enviar as cartas ou talvez um dia te encontrar e dizer que eu amo você. 

                                                [Claymilen Salustiano]

3 comentários:

Diego Anderson disse...

Você escreve sobre algo complexo como o amor de forma tão sublime e hipnotizante ....

Diego Anderson disse...

Não sei porque evita meus comentários no teu blog... mas enfim... posso ler pelo menos acredito... e você escreve muito bem Salustiano, pois escreve não apenas com uma tinta e papel ... demonstra claramente que sua tinta é sua alma, seu papel é sua vida.

@febrandao disse...

CARTAS DE AMOR, elas sempre mexem comigo... *-*

Que bom que gostou! E pode sim, claro. Mas me diz quando o fizer, certo? quero ler o texto ainda fresquinho...

beijão