sábado, 14 de agosto de 2010

Á Sombra de um sorriso.


     Já era noite e estava na casa de uma amiga fazendo uma visita para colocar o papo em dia, já que não a visitava a algum tempos. Foi uma noite agradável, descontraída.
     Ao ir embora, fui caminhando sozinho e um pouco distraído com a noite linda que estava fazendo. Aquele friozinho gostoso me fazia lembrar estar junto a alguém. O ar sereno daquela brisa noturna tornava o momento intenso.
     No meio do caminho (ainda distraído), encontro uma criatura do outro lado da rua. Parecia estar perdida no meio desse mundo. De repente, ela começa a andar em minha direção. Eu, pasmo, não reconhecia aquela criatura toda vestida de jaqueta e capuz sobre a cabeça.
     Na medida em que se aproximava me dava arrepios, não dava para enxergar nada com aquela sombra em sua frente, pois o poste a iluminava por trás.
     Em seguida, ela retirou o capuz da cabeça para que eu pudesse livrar a cara de espanto. De repente sorriu, tão doce quanto uma criança. Em seguida, saltou em meus braços e assim ficamos. Era um abraço gostoso e absorvente. Logo após sorri e fiquei admirando cada vez mais aquele rosto afilado, usando um óculos que encaixava perfeitamente em seus traços joviais, cheios de vida. Seus olhos lindos e castanhos não mudaram, brilhavam feito as estrelas do céu. Seus cabelos negros e macios deixavam escapar aquele cheiro agradável, o seu perfume.
    Momento bom esse que vivi, é uma pena não termos colocado o papo em dia. Confesso que bateu aquela vontade de roubar um beijo, daqueles demorados; e de ficar abraçado para aquecê-la daquele frio árduo.
    Após os cumprimentos, continuei minha caminhada de volta para casa, com aquele sorriso de alegria estampado em meu rosto. Não sei descrever o que estava acontecendo comigo, mas meu coração quase saltava. Segurei a empolgação a fim de chegar em casa.
   Então pensei: Puxa! Que encontro (ainda sorrindo)! Peguei meu celular para mandar uma mensagem de texto e nela digitei:
   
    “O caminho de casa parecia longo, mas encontrar você o deixou mais curto. Adorei o ‘esbarro’. Risos.

     Beijos, durma com os anjos.”

     Assim, finalizei a mensagem sem me arrepender de mandar e nem mesmo esperar respostas. E o que mais importava foi receber um abraço caloroso e perceber que os seus olhos ainda brilhavam desde do dia em que te conheci.

    E eu, ainda sorrindo, dormi.

                                                                                             [Claymilen Salustiano]

2 comentários:

Unknown disse...

Eheheheh!

Luan disse...

Escrever com o coração faz toda a diferença sabe?!
Talvez por isso seus textos possuam essa leveza e essa inevitável ligação que nos faz ler e esperar que o fim não chegue.